sábado, 25 de setembro de 2010

CHIARA LUCE ERA UM DESSES SANTOS DA NORMALIDADE

O Movimento dos Focolarinos, presente em várias partes do mundo está em festa neste sábado, como também está em festa a Igreja presente em todo o mundo. Hoje temos a beatificação, etapa importante no caminho da santificação, de um de seus membros, a jovem Chiara Luce Badano, que faleceu com apenas 18 anos. 18 anos de vida, mas uma existência cheia, repleta de amor. Chiara, como o nome da fundadora do Movimento, Chiara Lubich, é uma das primeiras integrantes dos Focolarinos a chegar à honra dos altares.

Mas quem é essa jovem e por que ela chega à honra dos altares. Chiara nasceu em Sassello, Itália, no dia 29 de outubro de 1971 no seio de uma família simples que a educou na fé. Era uma jovem de muitos amigos, bonita, desportiva, uma jovem absolutamente normal. Entrou a fazer parte do gen (Geração Nova) do Movimento dos Focolares, onde descobriu Deus como Amor e ideal de vida, e empenhou-se em fazer por amor, em cada momento, a Sua vontade. Seu sonho era ir para África para, como médica, cuidar das crianças; um sonho interrompido no meio do caminho. Aos 17 anos, foi-lhe diagnosticado um tumor ósseo. Diante do sofrimento repetia: «Se Tu o queres, Jesus, também eu quero». Apesar do sofrimento comunicava serenidade, paz e alegria. A inesquecível Chiara Lubich já afirmara que ela lançou uma mensagem aos seus coetâneos: “Os jovens são o futuro. Eu já não consigo correr, mas gostaria de lhes passar a chama como nas Olimpíadas. Eles têm só uma vida, e vale a pena gastá-la bem”, dizia a nova Bem-aventurada. No dia 7 de outubro de 1990, despedindo-se da mãe, disse: “Seja feliz, porque eu sou feliz!”.

A vida dessa jovem foi simples, e na sua simplicidade, extraordinária. Um exemplo aos jovens de hoje, sedentos do amor de Jesus, e muitas vezes perdidos no emaranhado de propostas fúteis e sem sentido que a sociedade de hoje oferece. O que torna extraordinária a sua breve vida é o seu testemunho de um “sim” incondicional ao amor de Deus um “sim” que soube transformar a doença num caminho luminoso até à plenitude da Vida. Uma jovem bela, cheia de vida, atleta, ativa de sorriso contagiante. Uma jovem normal, uma cristã. Parecia apenas mais uma entre tantos jovens, como se diz na Itália, “a jovem da casa ou da porta ao lado”, sem nada de excepcional. Durante a sua doença, com a perda do movimento de suas pernas, Chiara Lubich lhe escreve: “Deus tem um amor imenso por você e quer penetrar no íntimo da sua alma e fazer com que você experimente gotas de céu”. Apesar das dores intensas, recusa a morfina para se manter consciente de seus atos e explica: “Não quero perder a lucidez, porque a única coisa que posso fazer é oferecer a dor a Jesus. Quero compartilhar com ele, ainda por um pouco, a sua cruz”.

Os seus gestos e palavras, sempre de encorajamento, voltam regularmente à tona, graças à divulgação feita pelos seus amigos e graças a seus escritos. O fato é que a vida de Chiara Luce continua contagiando milhares de pessoas. Um dos médicos, que cuidou de Chiara durante a sua doença, Antonio Delogu disse: “Chiara demonstra com seu sorriso, com seus grandes olhos luminosos, que a morte não existe; existe somente a vida”. Como escreve Abbé Pierre: “Os santos não estão limitados a um catálogo, e nós, certamente, cruzamos com eles todos os dias”. Chiara Luce era um desses santos da normalidade.

Fonte: Rádio Vaticana

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