quarta-feira, 4 de agosto de 2010

HOJE É DIA DO PADRE - DIA DE SÃO JOÃO MARIA VIANNEY

Deixamos de comentar o evangelho previsto para este dia (Mt 15, 21-28) para refletir sobre a figura do sacerdote ministerial, porque hoje, Dia do Santo Cura d’Ars, se comemora o Dia do Padre.
João Maria Vianney, homem simples, reto, bom, foi anos a fio pároco da cidadezinha de Ars. Paróquia, antes indiferente, com sua zelosa atividade veio a se transformar numa fervorosa comunidade. O cura mudou o coração dos paroquianos.

Padre... vocação nobre e bela... Um homem sente-se chamado a continuar Cristo no mundo, a ser seu braço estendido. Rapaz ou um homem maduro procura tornar-se um discípulo de Cristo de modo todo particular. Estuda a Palavra de Deus, forma o coração e é ordenado presbítero. Padre quer dizer pai. Mas é também pastor, aquele que vive para o povo que lhe foi confiado, quem vai dando a vida pelos seus, que tem o coração do Bom Pastor. Não é um mero “empregado” do sagrado, mas um homem possuído pelo Espírito, ungido com óleo santo para anunciar a Boa nova, reunir o povo santo para os sacramentos e aquele que zela pela unidade.

O padre é o homem da palavra. Lê os textos, comenta, procura dizer com palavras, as mais apropriadas aquilo que deve cair no fundo do coração das pessoas e fazer com que elas tenham a coragem de converter-se e tomem a decisão de correr atrás do Mestre Ressuscitado, que lhes é mostrado pela voz do padre, o grande comentador da Palavra. Quando o sacerdote prega, é Cristo que prega por seus lábios. Antes de proclamar o Evangelho o padre pede que o Deus altíssimo purifique seus lábios com um carvão ardente como purificara anteriormente os lábios de Isaías.
Lá está o padre com os catequistas, os evangelizadores, os catequizandos, os crismandos, os pecadores, os quase santos, sempre preocupado fazer com que a Palavra possa cair em corações permeáveis como a terra boa. Ele, o padre, é confidente do Senhor.

Vêmo-lo, como o Cura d’Ars, ajoelhado diante do Santíssimo rezando pelos seus, para que os corações destes se orientem para aquele que os pode plenificar. Sim, o padre é confidente do Senhor. Há um lugar todo especial em que gostamos de vê-lo: no altar da toalha branca celebrando a ceia do Senhor. Esse homem forte e frágil lá é Cristo. “Isto é o meu corpo que é dado por vós... Este é o cálice do meu sangue derramado por vós...”. Mãos belas, mãos jovens, mãos ásperas, mãos envelhecidas que tomam o pão e o vinho como Jesus. E todos o olhamos com a avidez dos famintos e sede dos que querem uma água diferente.

Padre, homem de todos, aquele que não discrimina, que não faz acepção de pessoas. O homem da comunidade, da construção da comunidade. Ele vai lutar para que todos se entendam, se respeitem, se estimem e nunca queiram viver em compartimentos estanques na sede da paróquia. Não admite “panelas”.

Sim, no interior do Corpo Místico de Cristo a figura do padre é de importância capital. Longe de nós a ideia do clericalismo, do autoritarismo do padre. Vivemos o século dos leigos que precisam chegar à maturidade. Mas nunca pode nos faltar o padre, o padre que perdoa o pecado, que anuncia a Palavra, que celebra a Eucaristia, que, de alguma forma, é Cristo no meio de nós.

Francisco de Assis, em seu Testamento, assim escreve: “Depois, o Senhor me deu e me dá tanta fé nos sacerdotes que vivem segundo a forma da Santa Igreja Romana – por causa das ordens deles – que, se me perseguirem, quero recorrer a eles. E se eu tivesse tanta sabedoria quanta teve Salomão e encontrasse sacerdotes pobrezinhos deste mundo, não quero pregar nas paróquias em que eles moram, passando por cima da vontade deles. E a eles e a todos os outros quero temer, amar e honrar como a meus senhores. E não quero considerar neles o pecado, porque vejo neles o Filho de Deus, e eles são meus senhores”.

FONTE:http://www.franciscanos.org.br/v3/almir/osabordapalavra/2010/agosto/040810.php

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